A era digital trouxe muitos avanços e comodidades ao mundo moderno, e a internet é talvez um dos principais avanços. Porém, ao mesmo tempo em que a internet oferece coisas boas, pode também apresentar ameaças, especialmente às crianças. Uma dessas ameaças é o cyberbullying.
O cyberbullying é um dos fenómenos que mais cresce no ambiente virtual, e atinge milhares de jovens e crianças por todo o mundo. Mas, o termo é relativamente novo, e ainda desconhecido de muitas famílias.
Para informar pais e educadores responsáveis por centros de estudos, sobre essa forma de violência, apresentamos-lhe de seguida informações que precisa ter em mente para combater esta prática.
Saiba então os cuidados necessários para proteger o seu filho deste tipo de agressão.
Cyberbullying: O que é?
A palavra cyberbullying pode ser definida pela junção de dois termos:
- Cyber – Designa algo que acontece no mundo virtual
- Bullying – Como a prática de violência, especialmente psicológica contra uma criança ou adolescente
O bullying, de acordo com psicólogos, consiste numa espécie de perseguição praticada por uma ou mais pessoas. O mesmo tem como intuito humilhar de forma prolongada outra pessoa mais “fraca”. A vítima, por estar vulnerável não se consegue proteger desta agressão.
Com a utilização massiva das redes sociais, essa forma de violência difundiu-se pelo mundo virtual. Aqui, o agressor utiliza o anonimato proporcionado pela internet para propagar informações que agridem a outrem.
Quais os tipos de cyberbullying?
O cyberbullying pode-se manifestar de diversas formas no ambiente virtual. Veja agora algumas das mais comuns.
1 – Ameaças e perseguição
Os agressores atacam as suas vítimas de forma sistemática, enviando mensagens com conteúdo de ódio ou ameaças. As vítimas passam a sentir-se cada vez mais intimidadas pela perseguição e envio de conteúdo hostil.
2 – Invasão de contas e roubo de identidade
Muitos agressores acabam por ter acesso às senhas das redes sociais da vítima, e passam a difundir conteúdo inapropriado. Esta difusão de informação tem como objetivo humilhar a vítima.
Há também casos em que o agressor cria um perfil falso com o objetivo de afetar negativamente a sua reputação online.
3 – Humilhação pública
Outra forma muito comum de cyberbullying é humilhar a vítima publicamente. Isso é feito através do envio de mensagens contendo imagens ou outros tipos de conteúdo que lhe afetem diretamente a reputação e honra perante outros.
Quais as consequências do cyberbullying?
A prática do cyberbullying pode trazer consequências drásticas, principalmente entre jovens e crianças. Isso porque eles possuem uma autoestima mais frágil, e muitas vezes não sabem como pedir ajuda para resolver o problema.
Atacar alguém de forma que a vítima sinta o seu valor diminuído e a sua identidade prejudicada é extremamente grave. E em alguns casos pode levar ao desenvolvimento de doenças psíquicas como a depressão. A par disso, em casos mais radicais pode levar ao suicídio.
Como identificar se uma criança ou jovem é vítima de cyberbullying?
É preciso atenção por parte dos pais e educadores para que possam identificar quando alguma criança é vítima de cyberbullying.
Dificilmente a própria vítima vai falar ou procurar ajuda de outra pessoa, pois tem medo que o problema se agrave. Porém, quem sofre com esse tipo de violência costuma apresentar algumas mudanças de comportamento, que incluem:
- Isolamento
- Declínio do rendimento escolar
- Recusa a estar entre amigos e colegas
- Não ter vontade de sair de casa
Caso seja identificado algum destes comportamentos numa criança ou adolescente, é importante manter um diálogo. Tente criar um vínculo de confiança para que ela se sinta à vontade para expor o problema e procurar ajuda.
Como combater a prática do cyberbullying?
Não é recomendável adotar medidas radicais, como impedir as crianças e jovens de manter os seus perfis nas redes sociais. Entretanto existem algumas práticas que podem tornar a utilização da internet mais segura e evitar esse tipo de assédio.
- Não disponibilizar informações pessoais ou íntimas nas redes sociais
- Não aceitar pedidos de amizade de perfis desconhecidos
- Manter os perfis nas redes sociais em modo privado
- Não responder a ameaças ou incitações de ódio online
- Armazenar todas as mensagens recebidas
É importante ainda que pais e educadores conversem abertamente com as crianças e adolescentes sobre essa prática.
A informação, disseminação de meios de prevenção o conhecimento de possíveis consequências do cyberbullying são meio caminho andado para evitar este problema.