São poucas as crianças, jovens ou adolescentes que não têm dificuldades em matemática. É quase como se lhes estivesse no sangue essa dificuldade.
Isto acontece na maioria dos casos porque esta é uma disciplina que: ou se adora, ou se detesta. E, a maior parte detesta. Provavelmente porque é preciso estudar e praticar para se entender verdadeiramente.
Mas, a par de tudo isso, a matemática não é, de facto, nenhum bicho-papão, nem deve ser vista como tal. Mas, iremos falar um pouco mais disso de seguida.
Dificuldades em matemática? O seu filho não é o único
Infelizmente, a matemática é a disciplina que mais dores de cabeça lhes dá. Não é incomum, vermos jovens a seguirem áreas no secundário que não querem, só para fugir da matemática.
No 1º ciclo, muito antes de entrarem na escola e de saberem que “2 + 2 = 4” já torcem o nariz a esta disciplina! Podemos dizer que para praticamente todas as crianças e jovens a matemática é o verdadeiro bicho papão da escola. E sabemos disso porque esta é uma das disciplinas que mais nos pedem ajuda no centro de estudos!
Mas, esta aversão à matemática e este medo quase patológico precisa ser desmistificado. A matemática está presente em tudo o que fazemos! Passando pela distribuição de guloseimas até à forma como colocamos os atacadores nos ténis.
Na verdade, Burkard Polster, matemático australiano, verificou que, para um sapato com duas filas de cinco ilhós cada uma, existem 51.840 maneiras diferentes de enfiar os atacadores.
É importante, contudo frisar, que o sucesso de um aluno a esta disciplina não passa apenas pela escola ou pelo professor.
Na verdade, passa essencialmente por ele, enquanto aluno, ter vontade de aprender e deixar para trás as dificuldades em matemática.
Dessa forma, há todo um “trabalho de casa” que também deve ser feito e trabalhado pelos pais em conjunto com a escola (que dedica muitotempo em sala de aula a esta disciplina).
1 – O que os pais devem evitar
A verdade é que muitas vezes as dificuldades em matemática começam desde cedo, pois os próprios pais não incentivam à utilização dos números da mesma forma que incentivam a leitura.
Assim sendo, evite os seguintes pontos:
- Justificarem os insucessos do seu filho com o facto de também não terem sido uns bons alunos a matemática
- Darem-lhe a entender que a matemática é uma área sem utilidade e que é difícil
- Dizerem-lhe que não o conseguem ajudar, porque a matemática nunca foi o vosso forte e como tal não percebem nada
Se evitar de forma generalizada estes pressupostos, vai ser mais simples o seu filho deixar de encarar a matemática como uma bicho papão.
A par disso, irá ter também muito mais à vontade para demonstrar as suas dificuldades.
2 – O que devem os pais fazer
Obviamente que a lista do que deve ser feito é sempre superior à lista do que precisamos de evitar. Assim sendo, as nossas dicas são:
- Ainda que não tenham sido bons alunos, dedicarem um pouco do vosso tempo, sentarem-se com o vosso filho e pedirem, por exemplo, para ele vos explicar aquilo que aprendeu
- Levarem o vosso filho a olhar a matemática como um desafio e não como um “bicho-papão”
- Valorizarem as suas pequenas conquistas
- Exigirem-lhe que pratiquem numa folha à parte os exercícios trabalhados, por exemplo, em aula, verificando a solução pelo caderno, no fim. Esta é uma forma de criarem hábitos de estudo como também de relembrarem o que foi dado na aula
- Envolverem-no em pequenas tarefas e situações do dia a dia, como por exemplo: acompanhá-los nas compras e ser ele a conferir o troco, arrumar os seus livros, organizando-os do maior para o mais pequeno, ajudar na cozinha, na confeção de um bolo…
- Não esqueçamos que a matemática acompanha o nosso dia a dia. Segundo Crato, no seu livro A Matemática das coisas, “O séc. XX não teria sido, (…) o século mais revolucionário da história da ciência sem os extraordinários desenvolvimentos obtidos na matemática.”
Como vê, não é difícil começar desde pequenino a incentivar as crianças a não temerem a matemática.
Contudo, se verificar que o seu filho tem efetivamente dificuldades em matemática, nada melhor do que cortar o “mal pela raiz”. Fale connosco, pois temos no nosso Centro de Estudos explicações de matemática desde o 1º ao 12º.