O fato de confiarmos nas nossas capacidades e sentirmos segurança no que fazemos está diretamente ligado a uma vida saudável e feliz. Se os nossos níveis de autoconfiança estiverem regulados, somos mais fortes e teremos menos receio de enfrentar novos desafios.
Quanto mais cedo estas capacidades forem incutidas no seu filho, melhor. Isso porque irá torná-lo num adulto mais consciente de si, das suas capacidades e limitações, aceitando as partes boas e menos boas, tentando sempre superar os desafios.
Porque o trabalho deve começar o mais cedo possível, damos-lhe 8 dicas para ajudar os seus filhos a serem mais confiantes.
Autoconfiança: 8 dicas para ajudar o seu filho a ser mais confiante
Uma boa relação com o seu filho já é meio caminho andado para ele ganhar uma boa estrutura mental. Logo, ser mais confiante e seguro de si.
Embora no centro de estudos trabalhemos a confiança através de inúmeras atividades, é importante que também o faça em família. Por isso, mostramos-lhe 8 dicas de como poderá ajudar o seu filho a desenvolver a sua confiança.
1 – Seja um modelo
Ou seja, o contrário do famoso “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”.
As crianças aprendem pelo exemplo. Nos primeiros anos de vida, os pais são a sua referência. São quem as vai ajudar a distinguir o certo do errado, quem dita as regras e como devem ser feitas as coisas.
Por esta razão, o seu nível de autoestima, bem como a maneira como lida com as suas emoções, terão grande influência na forma como o seu filho lidará com as suas próprias emoções.
2 – Aceitar todas as emoções
As emoções mais difíceis, como a tristeza, frustração ou a irritação, também fazem parte e devem ser identificadas e aceites.
Tentar evitar que o seu filho se sinta triste ou ansioso é válido, pois todos os pais querem que os seus filhos estejam bem.
Assim, ajudar o seu filho a identificar aquelas emoções mais complicadas irá ajudá-lo a enfrentar e lidar melhor com elas.
Isso porque vai entender que é algo que faz parte da vida e, se vividas de uma forma saudável, não põem em causa a sua segurança nem capacidade de fazer as coisas.
3 – Falhar é preciso!
Desde sempre, somos encorajados a ser os melhores na escola, a ser fortes, a dar o exemplo.
Tudo isto é válido, mas deve ser equilibrado com a ideia de que as falhas existem, e só existem porque há uma tentativa!
Tentar fazer algo e falhar não é agradável, mas faz parte da jornada. E entender isso irá tornar o seu filho mais resiliente, confiante, fazendo com que não desista na primeira tentativa falhada.
4 – Novos desafios
A novidade causa sempre algum receio e insegurança. Não sabemos o que aí vem, ou como reagir.
Desafiar o seu filho a fazer algo novo, vai dar-lhe ferramentas para lidar com estes novos desafios (e emoções que eles geram) de uma forma saudável. Isso porque terá que ultrapassar obstáculos, procurar alternativas e superar-se.
Como referido no ponto anterior, falhar vai fazer parte deste processo. Mas o ganho será grande, pois irá dar-lhe autonomia e autoconfiança.
5 – O caminho (também) importa
Muitas vezes, tendemos a olhar apenas para o resultado que queremos atingir. Queremos “chegar ao topo”, e só isso nos vai trazer felicidade.
Essa ideia acaba por nos desligar do processo, que é fundamental. Que escadaria escolheu subir para lá chegar? Que aprendizagem tirou de cada degrau?
O esforço despendido, a dedicação, os maus momentos, tudo isso deve ser valorizado.
Valorize e elogie os pequenos passos do seu filho, isso vai dar-lhe mais autoconfiança para continuar a subir a sua própria escadaria.
A felicidade também reside no caminho, não só no destino.
6 – Cada criança tem o seu próprio ritmo
Exigir algo que claramente “ultrapassa” o ritmo habitual do seu filho, pode trazer-lhe uma sensação de desajustamento e frustração. Isso irá acabar por se traduzir numa quebra da sua autoconfiança.
É bom dar-lhe novos desafios, para haver um estímulo frequente. Mas é também importante entender se estes desafios se ajustam ao ritmo.
É bom sair um pouco da zona de conforto, mas sentir alguma segurança e controlo nisso, caso contrário não será benéfico para a promoção da confiança do seu filho.
7 – Ouça e fale com o seu filho
Ouça-o e permita que ele desabafe, sem julgá-lo. As crianças e adolescentes vivem algumas coisas de uma forma mais intensa que os adultos. Isso é normal e faz parte do crescimento.
Respeite e aceite essa vivência, não o critique nem valide a sua vitimização, apenas esteja ali.
Permita-se também trocar ideias com ele e partilhar um pouco da sua experiência (naturalmente, nunca esquecendo que está a falar com o seu filho e será necessário adaptar o discurso à sua idade).
Isso irá fortalecer os vossos laços e dar-lhe autoconfiança no seu próprio caminho e a enfrentar os seus medos.
8 – Afeto e segurança
Nenhum ponto acima será válido, se não partir de uma base de afeto e segurança. O seu filho precisa de se sentir tranquilo e apoiado neste seu processo de gestão de emoções.
Só assim, poderá desenvolver uma estrutura resistente e flexível, que servirá de suporte para toda a sua vida.
Como vê, é possível ajudar o seu filho a ser mais confiante. Tal como acontece com tudo na vida, a autoconfiança trabalha-se. E, quanto mais cedo, melhor!