Todos nós, tivemos em alguma fase da nossa vida, um contador de histórias. Pode ter sido um avô ou uma avó, uma tia velhinha, ou mesmo os nossos pais…
Aquele momento em que nos sentava ao seu colo ou aqueles 10 ou 15 minutos quando íamos para a cama, em que ao seu colo ou já em plena preparação para dormir, nos contava histórias e mais histórias.
Umas inventadas, outras de livro aberto, e nós ainda pequeninos ficávamos deliciados a ouvir e aproveitar estes momentos em família.
Embora a azáfama diária insista em querer roubar-nos tempo, temos que ter presente a grande importância que estes pequenos momentos de partilha e de interação entre pais e filhos representam.
Contador de histórias: A importância destes momentos em família
Ao despender de uns minutos ao fim do dia para estar relaxado com o seu filho a ler-lhe uma história, está a incutir-lhe o gosto pela leitura! Mas não só! Está também a criar laços de união e cumplicidade entre os dois.
Além disso vai ajudá-lo a apreciar, mais tarde, os estudos com “olhos” de interesse e não de sacrifício. No centro de estudos é simples perceber quem gosta realmente de ler e quem lê por obrigação.
Por vezes, ser um contador de histórias para o seu filho, pode ser a diferença entre criar um jovem que quando for mais velho irá adorar ler, em detrimento de não conseguir sequer ler um livro do início ao fim.
Sempre que o sentar ao seu colo, ou se deitar com ele, a contar-lhe uma história, demonstre entusiasmo. Este é um momento de união entre os dois! E vale tanto a pena.
Deverá ser uma leitura emotiva, com direito a imitação de vozes. As crianças adoram quando são surpreendidas pelo leitor com vozes diferentes! Além disso, as histórias devem ser sempre acompanhadas de gestos e expressões.
As mesmas ajudam a estimular ainda mais a imaginação da criança levando-a a fantasiar e a transportar de alguma forma a história para sua realidade.
As crianças vão crescer, mas as memórias ficam
Quando as crianças crescem e por vezes se lembram de nos pedir para lhes ler novamente um dos livros da altura em que eles ainda eram bebés, não os censurem.
Pensem antes que o seu filho guardou boas memórias desse tempo e, que de certa forma as quer reviver, como que torná-las eternas para si.
Não deixe de ler com o seu filho, mesmo quando este já for autónomo e já consiga ler “sozinho”. Partilhem o livro dividindo as personagens, por exemplo.
Temos de ter presente que momentos como estes de leitura partilhada devem ser um prazer.
Tenha sempre em conta que a criança está ali ao seu lado – deixe-a tocar no livro, virar as páginas, observar o que está a ler…
À medida que vai lendo, vá apontando para a palavra. Deixe transparecer que há uma relação entre a palavra escrita e a que é lida em voz alta! Entre a palavra impressa e a produzida oralmente.
Tornemo-nos Contadores de Histórias para as nossas crianças e vamos criar jovens mais felizes.